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Banimento Huawei: Processadores Kirin podem ter problemas no futuro

ARM logo

ARM não irá trabalhar mais com a Huawei graças ao banimento dos EUA, o que pode trazer problemas futuros para os processadores Kirin.

Para quem não conhecer, a ARM é a empresa responsável pelo design e desenvolvimento de processadores, a desenvolvedora é a responsável por muitas tecnologias que estão disponíveis em processadores móveis.

Apesar de não fabricar processadores, a ARM vende suas tecnologias para outras empresas, então processadores equipados com núcleos Cortex e com GPU Mali, são desenvolvidos pela própria ARM e vendido para outras empresas como MediaTek, Huawei, Samsung e qualquer outra que queira criar processadores.

Com a atual proibição da Huawei no comércio dos EUA, a ARM revelou para seus funcionários que não irá trabalhar mais com a empresa, o que é um dos golpes mais fortes que a Huawei poderia sofrer nesse momento.

ARM logo

Sem utilizar as tecnologias que a ARM comercializa, os processadores Kirin simplesmente não podem existir, já que muitas partes dele foram desenvolvidas sobre as patentes da ARM.

Criar um processador novo leva muito tempo de desenvolvimento, por isso, a Huawei optou por utilizar as tecnologias existente da ARM, mas sem poder negociar com a empresa, o setor móvel e outros então praticamente em pânico.

Todos os processadores da linha Kirin possuem projetos da ARM, o Kirin 980 (que equipa o Huawei P30) e até mesmo o nem lançado Kirin 985 conta com essas tecnologias embarcadas, mas como ele já está quase sendo lançado nada afeta o mesmo, o problema será o futuro.

ARM Cortex Logo

Sem poder utilizar os projetos da ARM, a Huawei terá que desenvolver seus próprios processadores do zero e fazer com que eles sejam compatíveis com o sistema Android, isso se eles continuarem a utilizar o Android, já que o Google no futuro pode proibir o uso da loja Google Play nos próximos aparelhos da Huawei.

Além de problemas com processadores móveis, a Huawei também irá sofrer com a implementação do 5G, que não poderá continuar já que ela também usa tecnologias da ARM no projeto, na verdade, a rede 5G em geral irá parar, já que muitas patentes são da própria Huawei, que não poderão ser utilizadas pelas empresas dos Estados Unidos.

Curiosamente a ARM não é uma empresa americana, ela tem sua sede no Reino Unido, mas sua dona é a japonesa SoftBank, mas na proibição de comercio que o EUA impôs, deixa bem claro que nenhuma empresa que possui tecnologia de origem americana pode ter algum tipo de comercio com a Huawei.

Huawei Kirin

Outra curiosidade é que os EUA deram mais três meses para a proibição de comércio contra a Huawei entrar em ação, mesmo assim sem maiores detalhes, a ARM afirma que esse tempo extra não inclui a empresa (ARM), então já está nesse momento parando de trabalhar com a Huawei.

Como a Qualcomm e Intel não pode mais vender processadores para a Huawei, a fabricante terá que realmente começar do zero um novo processador, o que deverá demorar anos de pesquisa e desenvolvimento, deixando os aparelhos da fabricante em maus lençóis durante esse tempo que não poderá criar novos processadores para concorrer com outras fabricantes.

No meio desse caos, a Huawei tem uma boa notícia, a TSMC, fabricante de processadores, já afirmou que poderá trabalhar normalmente com a empresa, produzindo o que é preciso em questão de processador.

Em resumo, se a proibição continuar, a Huawei terá muitos problemas em todos os setores, principalmente em dispositivos móveis, PC e tecnologias como 5G, mas essa proibição também trará prejuízos para os EUA, já que empresas como ARM, Google e outras não podem mais trabalhar e assim terão um considerável prejuízo por não conseguir negociar com a Huawei, que atualmente é a segunda maior fabricante de telefone no mundo.

Via: Bbc

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