Com fabricantes trapaceando nos benchmarks, engenheiro do Google revela o que acha dessa “técnica” que não é bem vista pelos usuários.
Trapacear em teste de benchmark está virando algo tradicional para alguns fabricantes, mas o certo é que com todo o poder dos smartphones não deveria acontecer isso.
Engenheiro do Google fala sobre o que acha das fabricantes que estão trapaceando em benchmark nos últimos dias e que já aconteceu muitas vezes no passado.
O caso mais recente de trapaça aconteceu com o OnePlus 5, ele foi pego novamente ativando o processador ao máximo no caso de benchmarks e jogos mais conhecidos.
Normalmente os smartphones com o sistema Android utilizam o processador conforme a necessidade daquele momento, ou seja, se necessário de forma automática o processador funciona em sua velocidade máxima para realizar as tarefas mais pesadas e com menor velocidade para tarefas mais simples.
Mas no caso do OnePlus 5 encontramos uma otimização no sistema que identifica os aplicativos abertos e se for um benchmark ele aumenta a velocidade do processador ao máximo.
Para você ter uma ideia do que acontece, com essa “otimização” o processador funciona 95% do tempo em sua velocidade máxima, com ela desligada o processador fica cerca de 25% do tempo utilizando todo o seu poder, algo que mostra claramente que estamos sendo enganados pela fabricante, já que esse poder em uso diário nem sempre será utilizado.
Com esse fato, Carl Pei, Co-fundador da OnePlus, declarou que essa otimização também tem aproveitamento em jogos 3D e em aplicativos que precisam de desempenho máximo, ele fala o que está acontecendo é uma espécie de overclocking (aumento da velocidade do processador), essa mudança é para que os usuários vejam realmente o poder do seu smartphone ao máximo já que os testes de benchmarks realmente têm esse papel.
Agora para colocar mais lenha na fogueira, Tim Muray, Engenheiro Sênior de software do Google e líder de desempenho do Android, fala que esse estilo de trapacear não é algo que deveria acontecer, pois esse tipo de falsa otimização pode colocar deixar os aparelhos superaquecendo e colocar em risco a vida da bateria.
Para Tim, a detecção de aplicativos e aumento de frequência não deveria acontecer em nenhum aparelho com Android, inclusive ele revela que já falou que é contra esse tipo de artifícios e conversou duas vezes com os fabricantes do Android para que não façam isso.
No momento, o próprio Google ainda permite esse tipo de “otimização” e não parece se importar muito, já que as fabricantes podem e devem fazer as mudanças que acharem necessárias no software.
Via: Phonearena